Gleice Jane usa a tribuna e retoma debate contra a violência aos profissionais de saúde

A parlamentar enfatizou a necessidade de uma resposta efetiva do poder público diante de denúncias que envolvem jornadas exaustivas, escassez de insumos e episódios recorrentes de violência.

7/16/20251 min read

Durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS), nesta terça-feira (15), a deputada estadual Gleice Jane (PT) renovou o apelo por melhorias nas condições de trabalho dos profissionais da saúde em atuação no estado. A parlamentar enfatizou a necessidade de uma resposta efetiva do poder público diante de denúncias que envolvem jornadas exaustivas, escassez de insumos e episódios recorrentes de violência.

Dados divulgados pelo Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso do Sul (Coren-MS) apontam que, no estado, a situação é alarmante: 70% dos enfermeiros em todo o país já sofreram algum tipo de agressão. Desses, 83% das vítimas são mulheres, e 86% delas não registram boletim de ocorrência, o que contribui para a subnotificação desses casos.

Gleice Jane alertou sobre a realidade do serviço público e cobrou soluções efetivas: “As violências são decorrentes de um sistema, mas quem responde é quem está ali à frente. Os profissionais atuam sob forte pressão, acumulando vínculos de trabalho, em detrimento da vida pessoal”, ressaltou.

Os desafios enfrentados por profissionais da enfermagem também foram pauta de uma audiência pública, realizada no dia 25 de junho, na Casa de Leis. Durante o evento, uma enfermeira leu uma carta relatando experiências muito sensíveis. A deputada Gleice compartilhou o conteúdo com outros parlamentares, ressaltando a gravidade dos casos.

“Ela disse que já sofreu dois episódios de violência física, que a marcaram imensamente. Quantas vezes, exaustos e responsáveis por não deixar os plantões, não foram à delegacia? Registrar é dar visibilidade ao problema. É responsabilizar o agressor. É criar dados que sustentem mudanças institucionais. É proteger outros profissionais que, amanhã, podem estar na mesma situação”, relatou Gleice, com a carta em mãos.

Leia a carta na íntegra aqui.