Deputada Prof. Gleice Jane trabalha para garantir novas edições da Bienal do Pantanal

Projeto de Lei visa incluir o evento que atraiu mais de 45 mil visitantes no calendário oficial de Mato Grosso do Sul

10/21/20253 min read

A deputada estadual Gleice Jane (PT) apresentou o Projeto de Lei Bienal do Pantanal na sessão desta terça-feira (21) da Assembleia Legislativa. O texto propõe que o grande encontro literário seja incluído no Calendário Oficial de Eventos de Mato Grosso do Sul. A proposta visa reconhecer a relevância cultural, educacional e econômica da Bienal do Pantanal, que atraiu mais de 45 mil visitantes em sua primeira edição.

Durante sua fala na tribuna, a deputada Gleice Jane destacou a importância da aprovação do projeto para institucionalizar o evento. Para a deputada, é muito importante garantir a longevidade institucional e estabilidade orçamentária para consolidar de vez a Bienal em seu caráter formativo e estratégico no desenvolvimento cultural de Mato Grosso do Sul. “Quem passou pela Bienal ficou impressionado ao ver um evento tão importante, que estimula a leitura, o processo educacional e também econômico do estado. A gente espera que isso seja considerado na consolidação do evento como parte do calendário oficial a cada dois anos”, justifica.

O Projeto de Lei Bienal do Pantanal segue para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) antes de seguir para votação em Plenário. O texto prevê a realização do encontro literário a cada dois anos, sempre no mês de outubro, com data a ser definida pelo Poder Executivo.

A 1ª Bienal do Pantanal - Bienal do Livro de Mato Grosso do Sul foi realizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, por meio da Fundação de Cultura (FCMS), com o apoio do Ministério da Cultura (MinC), do Instituto Ímole e do Instituto Curumins.

Como foi o evento?

A cidade de Campo Grande sediou a primeira edição da Bienal do Pantanal - A Bienal do Livro entre os dias 4 e 12 de outubro de 2025. Mais de 45 mil pessoas marcaram presença e aproveitaram as 129 atrações realizadas, segundo dados da Fundação de Cultura do Mato Grosso do Sul (FCMS). O evento contou com mais de 100 horas de atividades, divididas entre literatura, música, teatro, dança e gastronomia.

O evento teve destaque pela qualidade de sua programação. Com cerca de 100 convidados, Mato Grosso do Sul recebeu, entre palestrantes e mediadores, convidados de nove estados brasileiros e três países sul-americanos. Entre os nomes mais ilustres, estão o professor e historiador Leandro Karnal; a primeira mulher negra eleita para a Academia Brasileira de Letras, romancista, roteirista e dramaturga Ana Maria Gonçalves; e o cantor Almir Sater. Também participaram a jornalista Milly Lacombe, e o autor da obra “Torto Arado”, Itamar Vieira Júnior, ganhador do prêmio Jabuti de Melhor Romance Literário.

Fomento à leitura

A Bienal também foi palco da realização do 1º Prêmio Tuiuiú de Literatura Sul-Mato-Grossense. A premiação teve como objetivo incentivar e divulgar obras de autores e autoras nascidos ou residentes no estado. A escritora campo-grandense Andressa Arce conquistou o 1º lugar na categoria “Romance”, com a obra “No dia em que não fui”, e o 2º lugar na categoria “Poesia”, com a obra “Arcada”. Fernanda defende que o prêmio ajuda na divulgação das obras. “No fim das contas, os autores e autoras querem ser lidos. Eu fiquei muito feliz com a premiação e acredito que o evento deve continuar e seguir provando que o estado possui uma cena literária muito forte, com uma população que tem interesse em ler, ouvir e discutir a produção literária sul-mato-grossense”.

Para fortalecer a leitura por parte dos jovens, a Bienal recebeu a visita de vários estudantes, por meio de passeios realizados pelas escolas. Alunos de escolas credenciadas receberam um “vale-livro” de R$ 50,00 para aquisição de obras durante a Bienal. O CredLivro é uma das ações que justificam a realização do evento, com impacto significativo no acesso dos jovens e no investimento à literatura sul-mato-grossense.