Agosto Lilás: Deputada Gleice Jane solicita mais políticas públicas para as mulheres
A deputada citou as tentativas de projetos protocolados na Casa de Leis, que tiveram tramitação rejeitada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR).


A líder do PT na Casa de Leis, deputada Gleice Jane, fez o uso da tribuna sobre o tema e relembrou que o ex-marido de Maria da Penha, Marco Antônio Heredia Viveros, tentou matá-la por duas vezes, com um tiro nas costas que a deixou paraplégica e outra eletrocutada no chuveiro e que a legislação em homenagem à mulher sobrevivente surgiu após o Brasil ser punido internacionalmente por não fazer justiça.
A deputada citou as tentativas de projetos protocolados na Casa de Leis, que tiveram tramitação rejeitada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). “Faço esse apelo, quanto a constitucionalidade é jurídica ou política? Precisamos avançar. Quero dizer que o governo precisa de políticas públicas permanentes, mas o que temos visto é o contrário. Eu coloquei projeto para capacitar servidores da Saúde, da Educação, da Segurança para o enfrentamento da violência contra a mulher e foi rejeitado. Outro que redirecionava recurso da Segurança Pública para políticas para as mulheres também não passou. O governo precisa reconhecer a necessidade da política permanente. No governo anterior eram 18 mulheres na Subsecretaria das Mulheres, hoje tem apenas cinco com uma delas em vias de se aposentar”, lamentou.
Gleice relembrou que diversas legislações só avançaram com a luta do movimento de mulheres e que ainda há muito o que conquistar, como a recente Lei Federal que iguala salários entre homens e mulheres na mesma função, que está sendo questionada pelo setor empresarial na Justiça. “Temos muito o que lutar. Mundo sem violência é possível e necessário, mas temos que mudar essa ideia de relação de poder. Só vamos conseguir vencer essa violência se nós conseguimos mudar a estrutura de pensamento da sociedade. Enquanto não formos consideradas para todos os espaços públicos, como a política, enquanto sobrecarregadas com o trabalho doméstico, divisão desigual das tarefas, enquanto a educação não for diferente, nada vai mudar. Se não fizermos o processo de reflexão, não vamos avançar”, pontuou.
Denuncie
Dique 190, número da Polícia Militar gratuito para pedidos de intervenção policial imediata.
Dique 180 para denúncias, inclusive anônimas, sobre violação de direitos.
Em Campo Grande é possível também buscar ajuda na Casa da Mulher Brasileira, na Rua Brasília, Lote A, Quadra 2 s/n - Jardim Ima (aberta 24 horas - telefone: (67) 2020-1300) ou nas Delegacias da Mulher em diversos locais do estado: endereços e telefones aqui.
Informe-se pelo www.naosecale.ms.gov.br.